quarta-feira, 29 de abril de 2015

Estou experimentando novos modos de viver, e de me subjetivar, isso é muito bom, isso me inspira.

AO ELIXIR DO SOL EU PEÇO O RITORNELO DO ACASO:

Escrevo nos ritornelos da vida, escrevo na essência do escravo que suplica ao elixir do sol, ao elixir da luz que contempla o eu e quer fugir desse estado de demência que se encontra. A plenitude do estar só e ao mesmo tempo completo, a necessidade de não contemplar o jamais, mas personificar o até mais, até breve. Até breve o presente estado do ser, NÃO ao futuro niilista desestimulado de certezas e realias (coisas reais), mas inaugurado na essência do ideal desorientado seja ele na fantasia religiosa, no mar das drogas ilícitas e até a lícitas e no mal estar do trabalho acumulador de capital sem sentido de mais-valia e pertença. À todos gestos do agora, eu peço o ACASO, peço que este transforme cada instante da minha vida e da sua, peço que vivámos dele dos encontros fortuitos da vida. Peço que a vida no seu estado do AGORA, do segundo seguinte (e não do ano que virá) seja sentida e não se deixe esvair enquanto sangue dado a atividades sem sentido. Peço que façam o que amem, e que amem o que façam, se não amarem larguem, pois nenhum segundo da vida vale a ausência de um dia sem o elixir do sol que nos contempla mas que não nos deixamos atravessar...

terça-feira, 21 de abril de 2015

só estar no estado de ser nada/tudo, tudo ou nada:

o estado do nada.
o estar pelo nada.
o estar pelo estar no nada. ao ócio.
ao fugir do eu, e não ser nada.
ao misturar-se no encontro do nada.
ao fazer o nada virar o tudo.
e ser o tudo antes de mais nada.
o estado do tudo...
o estar pelo tudo...
o estar pelo estar do tudo... ao negócio...
ao ficar no eu, e ser o tudo...
ao misturar-se no encontro do tudo...
ao fazer o tudo virar nada...
ao nada sendo ponto ''.'' e o tudo sendo reticências ''...''
ao estar no nada mesmo sendo tudo...
obrigada.
só estar no estado de ser nada/tudo, tudo ou nada.

Mas isso só acontece depois da morte:

O ser humano não é apenas fruto da decomposição dos tecidos e do tempo...
Mas também da epigênese remota de sua natureza interna que pulsa.. 
Quando pequenos temos rostos doces, puros e angelicais... Olhos livres de culpa. 
Uma pele macia que transparece uma alma ainda imaculada... 
Quando crianças passamos a cortar essa pele por feridas, descobrindo o mundo ao qual fazemos parte. Com machucados, cortes, descobrimos que há algo que nos circunda muito maior do que nossa própria existência;
Adolescentes já, desabrocham nos rostos (como acnes) o mundo da luxúria e da carne que se apresenta.
Quando adultos viramos cobras que nunca trocam de pele, temos aspecto normal aparentemente.. 
Ao passar do tempo quanto mais envelhecemos mais se transparece em nossos rostos os traços de um interior vazio e sem esperança, cheio de dor.
Então vemos o quão enrugados fomos por dentro...
Definhando na terra com este aspecto hostil, e com o desrespeito a aqueles que estão trilhando o mesmo caminho pelo qual passas... O ser humano ''evolui'' em estado de idade e não de humanidade.
Passam os anos e este continua esperando que chegue o dia em que tudo se renove e aos 70 anos possa estar com a pele interna tão suave como a de uma criança de um ano de idade.